Dando continuidade ao post anterior sobre como ler partitura, no qual foi falado sobre onde se localizam as notas na pauta e na guitarra, vamos agora falar sobre a parte que está relacionada ao ritmo: figuras rítmicas, duração e valores das notas e fórmula de compasso.
Lembrando que esta série de artigos tem o objetivo de passar o mínimo necessário para que você compreenda uma partitura. Isso vai te ajudar nos estudos de teoria e teoria aplicada, além de possibilitar que você leia músicas e exercícios básicos.
Esta aula leva um pouco mais de tempo para digerir em relação à primeira, mas é importante que você dê o primeiro passo e aprenda esses conceitos.
Então, neste artigo você vai aprender sobre:
- Figuras Rítmicas;
- Fórmula de compasso;
- Duração das figuras na partitura.
Dica: Para aulas mais detalhadas e em vídeo sobre estes assuntos, confira as aulas 33, 34 e 35 do curso de guitarra online do Music Clan.
Figuras Rítmicas
Você sabe que na música existem notas longas e notas curtas. A organização da duração das notas no tempo é o que chamamos de ritmo, que é um dos componentes presentes na partitura. Mas como vamos escrever o ritmo na pauta? Por meio das figuras rítmicas.
Atualmente são usadas 7 figuras. Da mais longa para a mais curta, temos a semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.
Essas figuras representam o som na partitura, então as chamamos de valores positivos. Caso queira representar o silêncio, temos os valores negativos (as pausas) correspondentes a cada uma delas:
Você vê colcheias simbolizando música por aí desde criança. Agora você já sabe para que servem! =)
Como já foi dito, a semibreve é a nota mais longa, e a semifusa, a mais curta. Mas qual é a proporção entre elas? Pela divisão binária, a próxima figura rítmica terá metade do valor, e assim por diante.
Esta outra tabelinha também pode ajudar. Você pode ver, por exemplo, que 1 semibreve é igual a 2 mínimas, ou a 4 semínimas, ou a 8 colcheias, e assim por diante…
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Compasso e Fórmula de Compasso
Já ouviu falar em compasso (no contexto musical)? “Inicie do terceiro compasso…”, “Oito compassos de refrão…”, “Espere dois compassos para entrar…”.
O compasso é uma forma de organizar trechos musicais em séries regulares de tempo. A divisão de compassos é feita por linhas verticais, chamadas “barras de compasso”.
Agora repare no início da partitura de uma música. Você provavelmente verá dois números, um em cima do outro. É a fórmula de compasso. Basicamente, ela é que vai dizer qual é a estrutura de tempos de cada compasso.
Para interpretá-la em compassos simples, faça duas perguntas a “ela”:
- Quantos tempos por compasso?
- Qual figura rítmica será a unidade de tempo (a que durará um tempo)?
A pergunta 1 será respondida pelo número de cima e a pergunta 2 pelo número de baixo.
Veja um exemplo:
Lê-se “dois por quatro”.
Para interpretar o número de baixo, veja esta tabela:
Já viu o baterista da banda contando 1, 2, 3, 4 antes de iniciar a música? Está aí um “quatro por quatro”!
Exemplos de Diferentes Fórmulas de Compasso
As fórmulas de compasso mais comuns e utilizadas na maior parte das músicas populares têm a semínima como unidade de tempo (número de baixo = 4). Não é regra, mas isso significa que as durações (em número de tempos) ficam assim:
Confira a seguir alguns exemplos em diferentes fórmulas de compasso:
Dois por quatro:
Podemos ter duas semínimas por compasso ou quaisquer valores equivalentes. Não pode faltar, nem sobrar.
Ouça como as diferentes figuras rítmicas determinam o ritmo:
Três por quatro:
Aqui podemos ter três semínimas por compasso ou quaisquer valores equivalentes.
Ouça como as diferentes figuras rítmicas determinam o ritmo:
Quatro por quatro:
Aqui podemos ter quatro semínimas por compasso ou quaisquer valores equivalentes.
Ouça como as diferentes figuras rítmicas determinam o ritmo:
Concluindo
A presença do ritmo na partitura é um de seus grandes diferenciais quando comparado a outros sistemas de leitura e escrita.
Para um estudo mais profundo sobre ritmo, figuras rítmicas e duração, recomendo o livro “Pozzoli – Guia Teórico-Prático para o Ensino do Ditado Musical (Partes I e II)”, da editora Ricordi.
Na próxima e última parte deste artigo, veremos na prática como ler e interpretar uma partitura simples. Se você quiser que a gente te avise, deixe seu e-mail abaixo:
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