Entender os tipos de pedais de efeito para guitarra é algo essencial para todo tipo de estilo musical. Posicionados no chão e acionados pelos pés através de interruptores, esses equipamentos são utilizados para alterar o som do instrumento.

O funcionamento dos pedais de efeito é baseado na seguinte dinâmica: os captadores da guitarra captam o sinal elétrico das cordas de guitarra e conduzem, por meio do cabo, até os pedais. Sejam analógicos ou digitais, eles são capazes de alterar a sonoridade, conforme regulagem prévia. A partir dali, o sinal é transmitido ao amplificador, por meio de outro cabo.

Apesar de existirem há bastante tempo, os pedais de efeito para guitarra foram popularizados, especialmente, por Jimi Hendrix. O músico revolucionou a forma de se tocar o instrumento e parte disso se deve ao uso de pedais como wah-wah e distorção.

Mesmo com o surgimento das pedaleiras, os pedais de efeito continuaram firmes e fortes no mercado. Aliás, um produto não exclui o outro: há quem prefira pedais e quem prefira pedaleiras – e até mesmo quem use os dois simultaneamente -, mas até os aparelhos mais digitais trabalham com o mesmo conceito de efeitos – o que torna esse artigo útil para você, independentemente de seu gosto.

Existem diversos tipos de pedais de efeito e, com o avanço da tecnologia, esse leque só aumenta. Porém, os efeitos principais já são conhecidos e amplamente difundidos pelos guitarristas por todo o mundo.

Para explicar os principais tipos de pedais de efeito existentes, vamos separá-los em categorias, agrupadas pela similaridade de funcionamento.

Tipos de pedais de efeito

  • Pedais de ganho: fuzz, distorção e overdrive, por exemplo;
  • Pedais de modulação: chorus, flanger, phaser e vibrato, por exemplo;
  • Pedais temporizadores: delay, reverb e looper, por exemplo;
  • Pedais de tonalidade / pitch: oitavador, pitch shifter, harmonizer e afinador, por exemplo;
  • Pedais de filtragem: equalizer, wah-wah, envelope filter e talk box, por exemplo;
  • Pedais de volume: boost e tremolo, por exemplo;
  • Outros pedais: compressor e noise gate, por exemplo.

Pedais de ganho

Dentro do rock e heavy metal, os pedais de ganho são os mais famosos e usados. Esses pedais transmitem o sinal por meio de um transistor ou diodo para reproduzir uma sonoridade de amplificador valvulado.

Fuzz

Um dos pedais considerados mais “primitivos” dessa lista, o fuzz também é um dos mais populares. Sua sonoridade é baseada na saturação de antigos amplificadores valvulados. É como uma distorção, só que menos controlada e mais encorpada, até um pouco “suja”.

O auge do uso de pedais fuzz ocorreu na década de 1960, com Jimi Hendrix, que usava seu Dallas Arbiter Fuzz Face para aumentar ainda mais a saturação de seus cabeçotes Marshall junto às guitarras Fender Stratocaster. Outros músicos como Tony Iommi (Black Sabbath), Sérgio Dias (Os Mutantes) e Jimmy Page (Led Zeppelin) são alguns dos que usaram fuzz naquele período.

Na década de 1980, os pedais fuzz começaram a não ser tão usados. O preço abaixou e músicos da cena alternativa, como J Mascis (Dinosaur Jr), Kurt Cobain (Nirvana) e Buzz Osborne (Melvins), só para citar alguns, o “redescobriram”. É um clássico dos pedais.

Distorção

 O efeito mais famoso do rock e, talvez, de toda a música. Muitos até citam a palavra “distorção” para se referir a outros pedais de ganho, mas distorção é uma coisa, overdrive e fuzz são outras.

A sonoridade do pedal de distorção se consagrou com as vertentes mais pesadas do rock, como o hard rock e o heavy metal, na década de 1970. Desde então, nunca caiu em desuso.

A dinâmica do pedal de distorção é semelhante à do fuzz: recriar a sonoridade de um amplificador valvulado de alto ganho. A diferença é que a distorção acaba sendo um pouco mais maleável e, de certa forma, versátil, com possibilidades de controle e timbragem que vão além. É como se fosse um fuzz depois de ir à barbearia.

Muitos guitarristas utilizam o pedal de distorção para ter alto ganho em qualquer nível de volume. Outros, porém, gostam de usá-lo como boost de volume junto de amplificadores que já estão com seus ganhos particulares.

É até difícil citar um exemplo de música para sentir o efeito de um pedal de distorção, já que tantas o utilizam. Mas vale destacar um riff em especial: a abertura de ‘Smells Like Teen Spirit’, do Nirvana, com seu clássico pedal Boss DS-1 após os primeiros compassos.

Overdrive

A dinâmica do overdrive se assemelha à da distorção e do fuzz, mas a sonoridade adquirida é um pouco mais próxima ao que se obtém, de verdade, dos amplificadores valvulados em volume realmente alto. Ou seja: o foco é a saturação, que deixa a sonoridade mais “rasgada”, não tão focada no peso, mas em timbres mais calorosos.

Os primeiros pedais de overdrive são da Ibanez: o clássico Tube Screamer TS808. Tempos depois, a Boss lançou seu OD-1, aprimorando esse conceito.

O overdrive também é parecido com a distorção no sentido de poder ser usado, também, como um boost de saturação dos amplificadores. Ou seja: usa-se o alto ganho do ampli e o pedal de overdrive dá um “empurrão”, especialmente em solos e momentos de destaque.

 A sonoridade de guitarristas como Angus Young (AC/DC) e Stevie Ray Vaughan é mais baseada no uso de overdrives.

Pedais de modulação

Vistos como essenciais para os guitarristas que querem ir além do ganho, os pedais de modulação ajudam a incrementar a sonoridade, preenchendo com efeitos diferentes e mais complexos. Eles foram criados para reproduzir características do alto-falante rotativo original, inicialmente inspirado no Leslie Cabinet que acompanhava o órgão Hammond B3.

Em sua definição no dicionário, “modular” significa “variar a altura ou a intensidade de um som”. Isso pode resumir praticamente qualquer pedal de efeito, mas você vai entender, a seguir, por que só alguns são chamados de pedais de modulação.

Chorus

Um dos mais populares entre os pedais de modulação, o chorus tem som tipicamente subaquático. Para isso, o pedal dobra o sinal da guitarra e deixa o “dobrado” ligeiramente fora do tempo, cruzando com o original.

É possível regular de formas muito sutis, como se você estivesse tocando com dois amplificadores separados, ou bem drásticas, como se fossem dois guitarristas tocando juntos.

O pop rock brasileiro é “mestre” no uso do chorus. Outras músicas mais lentas do rock internacional, como ‘Nothing Else Matters’, do Metallica, costumam recorrer ao efeito, que dá um brilho extra a dedilhados e partes melódicas.

Flanger

O flanger oferece uma espécie de distorção na fase e na tonalidade do sinal da guitarra. O sinal é dobrado como no chorus, mas, aqui, a “dobra” começa mais lenta e, depois, acelera. É como se ficasse para trás, mas alcançasse o sinal original.

Um dos guitarristas que mais usam flanger é Eddie Van Halen. A abertura de ‘And the Cradle Will Rock’, por exemplo, é recheada do efeito.

Phaser

O phaser também se baseia na duplicação do sinal, só que, neste caso, o sinal dobrado tem um ciclo que entra e sai da fase do original. Soa como um avião a jato decolando.

Quer um exemplo? ‘Barracuda’, clássico do Heart, usa bastante o efeito, especialmente na abertura.

Vibrato

O nome já indica: o pedal de vibrato oferece o efeito de vibração do sinal. O sinal dobrado é modulado pela afinação, criando essa ilusão de que a alavanca da guitarra é usada a todo momento.

Para ilustrar, a música ‘Rhinoceros’, do Smashing Pumpkins, é uma referência de uso do pedal de vibrato.

Pedais temporizadores – repetição e ambiência

A importância dos pedais temporizadores nem sempre se reflete na forma como são usados em shows, já que alguns músicos simplesmente desdenham desses produtos. Porém, basta perceber que vários amplificadores já oferecem esses mesmos efeitos de forma embutida, além de serem essenciais para gravação em estúdio.

Guitarristas, não finjam que os pedais temporizadores não são importantes: eles são – e muito. Não à toa, estão entre os mais caros.

Como o nome indica, os pedais temporizadores são baseados em alterações de tempo provocadas no sinal. Eles podem oferecer desde algumas notas extras até alterações drásticas na sonoridade, criando ambientações distintas.

Delay

O pedal de delay duplica o sinal da guitarra e permite que você defina qual o tempo que a versão “dobrada” será reproduzida, bem como quantas vezes será tocada.

Serve tanto para modificar a sonoridade do que você está tocando naquele momento quanto para criar uma base ao vivo, permitindo que você faça um solo por cima sem ter um guitarrista rítmico por trás – sim, esse é um dos grandes truques dos músicos que se apresentam sozinhos por aí.

Um dos usos mais icônicos do pedal de delay é na abertura de ‘Welcome to the Jungle’, do Guns N’ Roses. Entre guitarristas em si, vale destacar o trabalho de The Edge no U2 com o delay – simplesmente incrível.

Reverb

Em inglês, “reverb” é uma versão encurtada para “reverberation”, ou “reverberação”. Trata-se da persistência de um som depois que ele é produzido, de acordo com o ambiente e a superfície em que está.

O pedal de reverb ajuda a transportar o ouvinte para qualquer localidade – desde uma casa de shows até uma caverna. É um dos efeitos mais versáteis e completos que existem. Só para se ter ideia: não dá para fazer qualquer mixagem em estúdio sem considerar a reverberação.

Existem várias categorias de reverb: spring, plate e por aí vai. Cada um deles tem uma propriedade diferente, utilizando o sinal de uma forma distinta.

Quer saber como soa uma música com o reverb adequado? Confira ‘When the Levee Breaks’, do Led Zeppelin:

Looper

O looper é como um aprimoramento do delay, expandindo o tempo de repetição de um som. É recomendado, especialmente, quando a ideia é obter “repetições eternas”.

Por ser bastante útil, o looper é quase imprescindível para artistas que se apresentam sozinhos ou com poucos instrumentos. Ajuda a encorpar o som e tornar as músicas mais complexas.

Quer compreender o ‘poder’ do looper? Basta assistir a qualquer show de Ed Sheeran e observar o que ele consegue fazer com um violão.

Pedais de tonalidade / pitch

Os pedais de tonalidade, conhecidos também como pitch, são os que adicionam ou alteram notas no sinal da guitarra. É como se mudassem a afinação do seu instrumento.

O resultado é muito fácil de ser identificado, já que a sonoridade fica um pouco digitalizada e, por vezes, mistura tanto a sonoridade original quanto a alterada.

Oitavador

O próprio nome explica: o pedal oitavador dobra ou corta pela metade a frequência de cada nota tocada. A ideia é adicionar uma oitava, seja mais grave ou mais aguda, à passagem musical que estiver sendo tocada.

O oitavador serve para simular duas guitarras tocando as mesmas notas em oitavas diferentes, para simular um baixo sendo tocado ao mesmo tempo ou outros fins mais criativos.

Existe, ainda, uma variação do pedal oitavador: o “octave fuzz”, que introduz a oitava dependendo da quantidade de fuzz que o pedal produz.

Um exemplo disso está nos solos da música ‘Purple Haze’, de Jimi Hendrix.

Pitch shifter

Marcado por sua versatilidade, o pitch shifter pode ser associado a um pedal wah-wah ou de volume para acentuar seu efeito. A ideia é semelhante à do oitavador, mas ele pode variar entre mais oitavas e acrescentar variações na sonoridade.

Dois grandes guitarristas que usam bastante o pitch shifter: Tom Morello, do Rage Against the Machine e Audioslave, e o saudoso Dimebag Darrell, do Pantera.

Harmonizer

O harmonizer é como uma variação do pitch shifter específica para criar harmonizações em sua sonoridade. A proposta é reter a sonoridade original e acrescentar a nova nota, alterada, a um intervalo específico de distância do original, harmonizando automaticamente.

Um exemplo de uso do harmonizer está na música ‘When Doves Cry’, do Prince.

Afinador

O pedal afinador não provoca nenhuma mudança na sonoridade – geralmente, ele corta o sinal para que nada seja reproduzido em seu amplificador. Serve, como o nome indica, para que você afine sua guitarra e não saia tocando desafinado por aí!

Pedais de filtragem

Os pedais de filtragem são os que modificam a frequência de alguma forma. Eles poderiam estar encaixados na categoria de tonalidade, mas é interessante enxergá-los em outra “prateleira”.

Esses pedais podem servir como equalizadores estacionários ou dinâmicos. A proposta pode ser ignorar, reduzir ou acentuar diferentes frequências no sinal, resultando em sonoridades únicas.

Equalizer

O nome já entrega: o pedal equalizer serve para equalizar, ajustando graves, médios e agudos. É um dos tipos de pedais de efeito mais interessantes, pois são úteis para o guitarrista que precisa alterar as regulagens.

Existem pedais equalizer gráficos e paramétricos. Os gráficos usam controles deslizantes que afetam determinadas bandas frequências, sendo bem intuitivos no campo visual. Já os paramétricos são mais parecidos com outros pedais, com seus knobs específicos, também permitindo alterar a largura da mudança de frequência.

Em suma, os pedais gráficos são mais fáceis de serem usados e comuns em shows. Já os paramétricos são mais precisos e presentes em estúdios.

Wah-wah

Um dos tipos de pedais de efeito mais famosos – e divertidos – da história. Qual guitarrista nunca se pegou brincando com um wah-wah?

Basicamente, o wah-wah é um filtro passa-banda que atenua frequências baixas e altas. É como ter um pedal de tom no pé.

Eles podem ser acionados manualmente, por um potenciômetro que fica abaixo do pedal de controle contínuo, ou automaticamente, assim que se pisa no pedal.

Cada tipo tem suas desvantagens: o manual apresenta um ruído típico de potenciômetro, enquanto o automático oferece menos possibilidades, tem uma timbragem menos identitária e exclui o recurso de mid-boost, em que o pedal fica na posição central.

Auto-wah

Também conhecido como envelope filter, o auto-wah faz aquilo que o nome entrega: uma espécie de wah-wah automático, que utiliza a força do sinal para controlar a varredura de frequência. A quantidade de “wah” é definida pela regulagem dos knobs.

Um exemplo está nesta versão da música ‘Wonderful Slippery Thing’, de Guthrie Govan:

Talk box

Outro que está entre os tipos de pedais de efeito mais divertidos é o talk box. Consiste em empurrar o sinal da guitarra para um tubo que o guitarrista controla pela boca.

É como se a boca do guitarrista fosse uma caixa de ressonância. Um mini-amplificador passa por uma mangueira próxima a um microfone e tudo o que for “dito” pelo músico molda a sonoridade.

Peter Frampton é um dos guitarristas mais célebres a dominar o talk box. Outro exemplo está na música ‘Livin’ on a Prayer’, do Bon Jovi.

Pedais de volume

Como o nome dessa categoria já indica, os pedais de volume são aqueles que alteram o volume do sinal da guitarra.

 Até por isso, eles costumam estar no final da cadeia de pedais, antes apenas dos pedais temporizadores, para que o sinal chegue completo antes da redução de volume e dos efeitos de tempo.

Boost

A ideia do pedal de boost é simplesmente aumentar o volume da sua guitarra em alguma passagem específica. E isso é feito sem criar saturação – então, não pode ser encaixado na categoria de pedais de ganho.

Todavia, também é possível criar e experimentar com esse pedal, associado a outros tipos de pedais de efeito – seja para oferecer algumas notas mais altas do que outras, pressionar de forma rítmica ou algo do tipo.

Vale lembrar que pedais como equalizer e compressor também podem ser usados como boost. Basta configurá-los para oferecer apenas volume.

Tremolo

O pedal de tremolo, por sua vez, reduz e aumenta o volume do sinal de maneira cíclica, a partir de uma variação periódica de amplitude. Amplificadores antigos costumam ter essa função de tremolo, que, hoje, é traduzida em pedais.

Um exemplo de uso do pedal de tremolo está logo na abertura da música ‘Boulevard Of Broken Dreams’, do Green Day.

Outros pedais

Existem outros tipos de pedais de efeito que não se encaixam, necessariamente, nessas categorias. Além disso, há pedais que não foram citados, mas que pertencem às classificações citadas.

Compressor

O pedal compressor é considerado um dos essenciais para os guitarristas que priorizam a clareza de suas notas. Como o nome indica, ele é usado para comprimir o sinal para que não fique nem alto, nem baixo demais.

 A proposta é nivelar o volume do que está sendo tocado. Isso ajuda a apresentar uma sonoridade mais consistente e bem regulada, sem muitas “surpresas” caso você se empolgue no meio de um solo ou caso aquela nota complicadinha não seja bem palhetada.

Além dos shredders, os guitarristas de country usam bastante o pedal compressor, já que adotam a técnica de chicken pickin’ (palhetada híbrida) e nem sempre os dedos da mão direita conseguem oferecer o mesmo ataque à corda.

Os guitarristas que tocam com mais ganho também usam compressor para obter uma configuração que ofereça um sustain mais encorpado ou mesmo controlar o feedback. É hora de bancar o rockstar!

Existem outros pedais de efeito com funções semelhantes à do compressor, com focos mais específicos: o limiter, que limita o volume do sinal quando está alto demais, e o sustainer, que aumenta quando está baixo demais.

Noise gate / noise supressor

Os pedais noise gate e noise supressor poderiam ser encaixados na categoria de volume, mas não parecia muito coerente, porque eles vão além disso.

Ambos trabalham com a eliminação de ruídos, causados pelos equipamentos utilizados para tocar junto da fiação elétrica do ambiente. Sim: captadores, cabos, fontes de energia de pedais e amplificadores, tensão das tomadas, aterramento e qualidade dos fios elétricos do ambiente, entre outros, fazem a diferença na sonoridade.

O noise gate serve para controlar o volume de um sinal de áudio. É como o nome diz: um “portão de ruído”, permitindo que o som passe apenas a partir de certos decibéis. Geralmente, é usado para cortar completamente o som quando acionado. Costuma ser ligado em linha.

Já o noise supressor tem uma função de filtro, eliminando apenas os ruídos gerados pelos pedais. Habitualmente, há corte de frequências mais agudas. Geralmente, não é ligado em linha.

Conclusão

Seja você fã de pedais analógicos ou de pedaleiras, conhecer os tipos de pedais de efeito é essencial para construir sua sonoridade. Sim, o timbre está em suas mãos e na forma como você toca guitarra, mas é imprescindível entender cada efeito e a influência dele no geral.

Qual o seu efeito favorito? Quais efeitos você costuma ter em seu pedalboard ou na sua pedaleira? Conta pra gente nos comentários!